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Mulher: Direitos Iguais, Aprovações Diferentes

8 DE MARÇO

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DIREITOS

MULHER

José Roberto Lima

José Roberto Lima

10/03/2015

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A partir do século XX, a mulher passou a exercer novos papéis. As guerras mundiais levaram-na do lar para as fábricas de armamentos. Na década de 60, a chamada Revolução Feminina influenciou legislações mundo afora, pela igualdade de direitos entre homem e mulher. No caso do Brasil, isso está previsto no artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Então, desde a última década do século passado, a igualdade de gênero chegou aos concursos.

Cargos que tradicionalmente eram ocupados por homens passaram a contar com candidatas altamente preparadas e combativas. Considerando a proporção de candidatas, elas têm mais chances de triunfar num concurso. Em média, uma em cada duas mulheres alcança a aprovação almejada. Quando a candidata é mãe, esse percentual sobe consideravelmente.

Surgiram várias teorias para explicar esse fenômeno. Estudos realizados na Universidade de Virgínia/EUA sugerem que “durante a maternidade as mulheres contam com um aumento de cerca de três vezes na memória”. Isso pode estar relacionado aos instintos primitivos da fêmea, empenhada em cuidar da cria, protegendo-a dos predadores. Mas “mesmo as mães adotivas experimentam o mencionado aumento de memória” (fonte:  www.concursospublicos.pro.br – acesso em 3/3/2015).

Minha vivência de magistério desde 1993, inclusive em escolas preparatórias para concursos, me indica outra explicação: passar num concurso, para uma mulher, pode representar a verdadeira libertação feminina. Quando a candidata é mãe, podem ser duas as pessoas a serem libertadas: ela mesma e a criança.

Assumir um cargo (público ou privado) valendo-se unicamente do mérito afasta a mulher de assédios. Ter a própria renda não combina com humilhações conjugais, o que, infelizmente, é típico quando há dependência econômica em relação ao marido ou companheiro.

Tive uma aluna que me confidenciou sofrer desses dois males: assédio onde trabalhava e humilhações em casa. Ao cumprir seu “dever conjugal”, cantava mentalmente aquela música gravada pela Roberta Miranda: “Mas aprendi / Fazer amor pra te ferir sem sentir nada (…)”. Quando cursava o último período da faculdade, foi aprovada num concurso disputadíssimo. O ato de posse propiciou-lhe aquele prazer indescritível de vitória. Naquela mesma época, teve outros dois momentos de êxtase que deixaram seus opressores boquiabertos: o pedido de demissão e o divórcio. O final da história foi melhor que novela mexicana: ela era ainda jovem e envolveu-se com quem realmente a merecia. Casou-se novamente e constituiu família.

Assim, homenageio minhas alunas e leitoras. Vocês são bravas guerreiras. E, de tanto nos superarem nos concursos, deixam claro que os direitos são iguais, mas suas aprovações são diferentes.


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