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Estar conectado é preciso – a conjunção “como”

CAUSAL

COESÃO

COMO

COMPARATIVA

CONFORMATIVA

CONJUNÇÃO

COORDENATIVAS

POLISSEMIA

SUBORDINATIVAS

Luciane Sartori

Luciane Sartori

15/06/2015

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Vivemos, hoje, em um mundo em que a tecnologia é imperativa! As pessoas, as cidades, os estados, os países estão conectados devido a ela; a sociedade mundial tornou-se globalizada graças à tecnologia. Imaginem uma pessoa que não acessa a internet, uma pessoa que não trabalha com a rede, uma empresa sem site, elas “morrem”, porque são esquecidas, deixadas de lado, ficam sem reconhecimento. Mas não adianta fazer uma conexão qualquer ou de qualquer jeito! É preciso que essa ligação seja interessante, verdadeira, faça sentido, senão é tempo perdido, pois tais partes mal associadas também “morrerão”.

Na elaboração textual, o raciocínio é o mesmo. Para que o texto seja o mais claro possível, a linguagem fornece subsídios de coesão (conexão entre as partes do texto) que, se forem mal empregados, farão com que o texto fique confuso, incoerente ou até sem sentido. Dessa forma, vê-se que é necessário fazer conexões e bem feitas, mas, para isso, é preciso saber fazê-las.

Como dentro do grupo desses subsídios de coesão estão as conjunções, elas são muito cobradas em prova. Portanto, não é possível que se participe de um concurso público sem que se conheça conjunção. Sobre esse assunto todo concurseiro, em primeiro lugar, tem de saber de cor a tabela das conjunções coordenativas bem como a das subordinativas; em segundo lugar, todos têm de saber como empregá-las corretamente; e, por fim, reconhecer a polissemia (vários sentidos) de algumas delas.

Vamos, então, falar sobre a conjunção como? Essa palavrinha é muito eclética, por isso aparece muito em prova. Ela pode ser pronome relativo – Este foi o único modo como ele fez o trabalho. -, substantivo – Não sei o como de tudo isso. -, advérbio interrogativo – Como resolver o problema? -, preposição – Obtiveram como resposta o bilhete. -, interjeição –  Como você não!  -, advérbio de modo – Gosto como você se veste. – e conjunção subordinativa. Como conjunção subordinativa é polissêmica, pois pode ser de três tipos: causal – Como ainda estava de luto, não o namorou. –, comparativa – Ele vive como um cidadão honesto. -, e conformativa – Ela fez o trabalho, / como a professora a orientou.

Notem que, como conjunção, essas três relações sintático-semânticas podem confundir! Então, deve-se observar o sentido da frase no contexto para diferenciá-las. Vejam como se faz para reconhecer a diferença de sentido entre elas bem como algumas dicas para facilitar essa análise:

a) causal, quando a oração dá o motivo da ação da outra:

Como ainda estava de luto, não o namorou. ¦ estar de luto é o motivo de ela não o ter namorado.

Dica: o conectivo como, para ser causal, só poderá ser empregado no início do período: Como ainda estava de luto, não o namorou. Observem que se o período estiver na ordem direta, ou seja, iniciado pela principal, o como não funciona adequadamente: Não o namorou, como ainda estava de luto.

b) comparativa, quando relaciona dois elementos em algum ponto comum:

Ele vive / como um cidadão honesto. ¦ os dois elementos relacionados aqui são “ele” e “o cidadão honesto”; os dois vivem de forma semelhante.

Dica: notem também que o verbo da segunda oração fica subentendido, o que na comparação é muito comum: Ele vive como um cidadão honesto (vive).  Além disso, o “como” poderá estar no meio do período ou no início, ou seja, o período pode ser elaborado em ordem direta ou indireta, diferentemente do da causa, que só pode ser em ordem indireta.

c) conformativa, quando indica a ideia “de acordo com” em relação à ideia da principal:

Ela fez o trabalho, / como a professora a orientou. ¦ a pessoa em referência na oração fez o trabalho, conforme a orientação recebida da professora, de acordo com essa orientação.

Dica: pode-se, ainda, para diferenciar das outras duas anteriores, verificar que não há relação entre dois elementos,  e o período pode ser elaborado em ordem direta e em ordem indireta.

É sempre bom lembrar que o contexto é que sempre revelará melhor o sentido estipulado pelo autor entre os fatos. E todos temos de saber quais conjunções podem ter vários empregos e quais são as possibilidades. Se não se sabe quais são essas conjunções e quais semânticas podem ter, como julgar corretamente uma questão?  E, sem estudá-los, isso pode ser muito difícil, fora o tempo que se gasta para se resolver uma questão, quando bastaria que se soubesse os valores desses conectivos!

Por todos esses motivos, gente, vamos estudar conjunção! Elas são de extrema importância.

Boa semana a todos e até mais.


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